CRIANÇA
Nasceste para ser amada;
Vais crescendo pouco a pouco e,
Nos teus sonhos de criança,
Idealizas alegrias, sorrisos, abraços, amigos
Mas não tens voz activa;
Ninguém te ouve!
Sofres!
Criança nua, magra, sem pais, com mãe ou só pai,
Sem lira, sem cravo, sem afago;
Sem dia, sem noite, que amor não tem.
Criança que sofre, gelada, sem alma, sem tecto, sem chão,
Onde procuras pão e não há;
És explorada por uns e por outros, sem dó nem piedade.
Querias ser como as outras crianças, que vês na Televisão
E ouves contar; Têm tudo sem trabalhar.
E tu criança do meu País, que trabalhas de sol a sol,
O que sabes ser criança?
Queria poder dar-te os meus braços, o meu prato, a minha cama,
Enfim, eu queria saber como te dar no abraço a minha chama;
Menino terra, esperança homem no amanhã, a viver da promessa
Crescendo depressa, morrendo depressa.
E é a vós Crianças do meu País, que devo este livro!
Será um grito de alerta de alguém que vos quer ajudar e, dar
A conhecer a este país o Vosso DRAMA!...
Será que alguém já se questionou, qual será o sofrimento duma criança, a quem lhe dá maus-tratos fisícos, psicológicos, abusos sexuais, exploração de mão obra infantil, enfim, não acabava aqui um sem número de actos que lhes imputam sem dó nem piedade, não antevendo sequer as consequências futuras, o seu silêncio, o seu sofrimento contido no meio das trevas da solidão, do medo que a atormenta, pois ela não tem voz activa por ser criança.
Decidi escrever este livro, embora seja uma mera amadora da escrita. Mas como a escrita foi sempre algo que me apaixonou desde criança e, tudo aquilo que me rodeia neste mundo em que vivo, chama-me á atenção, este assunto tocou-me e toca-me profundamente, pois a cada dia que passa, sou confrontada com noticias de maus-tratos a crianças. Seres indefesos, que não pediram para nascer e sofrem.
Não posso ficar calada; há algo dentro de mim que me diz escreve, escreve, alerta!...
segunda-feira, 2 de julho de 2007
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1 comentário:
Na verdade o nosso olhar nem sempre tem a maturidade suficiente para poder olhar para os problemas do dia a dia, sem parcialmente o fazermos com os olhos da criança que existe em cada um de nós.
No sentido negativo, este olhar imaturo permite-nos ver os problemas sem vontade ou um querer para os resolver, e escondermo-nos detrás de desculpas para não os encararmos de frente.
Desde os anos 40 mais precisamente na 2ª grande guerra mundial e, refiro-me a mais esta guerra, dado que familiares meus, poderam-me ajudar a compilar dados mais precisos dessa época.
Havia a fome e a guera.
As crianças de 13 , 14 anos mais pareciam crianças de 7 ou 8 anos; olhos tristes, apagados, fome, frio, descalças, pediam pelas ruas para comer mas ninguém lhes dava senão a troco de trabalho.
Eram assim por dizer vitimas duma guerra que não tinham culpa como agora sucede.
Eras humilhada, escravizada e sofrias no teu silêncio. Só que também aqui ninguém te ouvia; tinhas que resignar-te ao teu destino. Os ricos deitavam a comida fora pouco se importante convosco que passavam foem. Quabntas como tu criança, morreram? Não tem conta...
Vitimas de maus-tratos,
AMOR! Não sabiam o que ra...
Que Mundo cruel havia e continua a haver contra Vós. Por Vós continuarei a lutar sem tréguas.
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